A condutora do automóvel multado, Ellen Bogan, 60 anos, sentiu-se ofendida quando o policial Brian Hamilton perguntou se ela frequentava uma igreja e queria aceitar a Jesus como Salvador.
Após a resposta negativa, o policial pediu que Ellen aguardasse enquanto ele buscava algo para ela, e voltou com um panfleto com os dizeres “reconheça que é um pecador”, confeccionado pela Primeira Igreja Batista de Cambridge City, no estado de Indiana (EUA).
A motorista moveu uma ação contra o policial Hamilton no Tribunal Federal do estado, alegando que houve violação de seus direitos previstos na primeira e quarta emenda da Constituição norte-americana.
Ellen está sendo assessorada pela União de Liberdade Civil Americana, entidade que atua em casos de violação de liberdades individuais, como por exemplo, questões ligadas à religião.
“O mais importante para as pessoas entenderem é que a Primeira Emenda especifica que o governo não deve dar preferência a uma religião em detrimento de outra. O policial está representando o governo. Então isso significa que, durante a realização de uma ação oficial, ele basicamente ultrapassou sua função para tentar estabelecer uma religião”, comentou a professora Jennifer Drobac, que leciona direito na Universidade de Indiana e se especializou em religião e governo pela mesma instituição.
Por outro lado, o diretor-executivo da Associação da Família Americana de Indiana, Micah Clark afirmou que, embora Hamilton não tenha usado a melhor oportunidade para falar de sua fé, processá-lo pode significar a violação de seu direito à liberdade de expressão: “Existem pessoas que me entregam material religioso o tempo todo. Mórmons vêm à minha porta o tempo todo, e isso não me ofende. Este pode não ser o momento mais persuasivo para falar com alguém sobre a sua fé, mas eu não acho que um policial deva ser proibido de fazer algo assim”, ponderou.
Fonte: Gospel +