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Pastor Marco Feliciano |
O caso envolvendo a
jornalista Patrícia Lélis e o suposto abuso sexual por parte do pastor Marco
Feliciano (PSC-SP) continua gerando muitas interrogações, com a divulgação de
áudios de uma conversa entre ela e o chefe de gabinete do deputado.
Na apuração dos
fatos, até agora amplamente controversos, o Gospel+entrou em
contato com o pastor Marco Feliciano por e-mail para obter dele uma declaração
sobre a situação, mas até o fechamento desta matéria, o pedido de
posicionamento não havia sido respondido.
Em um novo vídeo,
Patrícia Lélis afirma que se posicionaria pela última vez para rebater a
história “que jornalistas esquerdinhas inventaram” sobre o deputado, e reiterar
que não estava “desaparecida”, como parte da mídia chegou a especular.
“A todos esses
jornalistas que me ameaçaram, falando que eu tinha que contar a verdade, estou
aqui, falando a verdade. A verdade é que vocês estão mentindo, está em época de
eleição, e o que vocês querem é destruir a direita, mas não é desse jeito que
vocês vão conseguir. O pastor Marco Feliciano é uma pessoa íntegra, cuja qual
tenho um contato muito bom, sempre muito respeitoso, muito amigável. Não
propaguem mentiras”, disse ela. Confira:
Lado B
Horas depois de Patrícia Lélis voltar a desmentir as acusações contra o pastor Marco Feliciano no
vídeo acima, o jornalista Leandro Mazzini, da Coluna Esplanada, no portal Uol,
divulgou um áudio que teria sido gravado pela jovem, que é bacharel em Direito
e trabalha como jornalista.
Na gravação, Patrícia dialoga com um homem cuja voz é
atribuída a Talma Bauer, chefe de gabinete do pastor, e tenta expor a ele o que
teria acontecido entre ela e Feliciano. Bauer, sempre considerando a hipótese
de que as alegações da jovem fossem verdadeiras, tenta extrair o máximo de
detalhes sobre o caso, sem condescender com as afirmações que ela faz.
Veja abaixo, trechos das afirmações de Patrícia no áudio
publicado pelo jornalista Leandro Mazzini:
“Se vale um conselho, manda o Feliciano aquietar o pintinho
dele, guardar o pintinho dele”
“Eu não sou uma menina burra. Eu tenho provas, tenho
conversas, que saíram do telefone dele”
“Provavelmente eu não fui a primeira, e não sou a última. Eu
serei a primeira que vai falar! Eu não aceito nada em troca. O que ele fez foi
impagável”
“Ele não me deixou sair (do apartamento), fez coisas à
força, eu tenho a mensagem dele: ‘Feliciano, a minha boca ficou roxa’. Ele ri”
“Se você conhece o Marco Feliciano e trabalha com ele, você
com certeza deve saber da conduta dele, da índole dele. Não sejamos
hipócritas”.
“Eu corri atrás de todos os pastores para pedir ajuda e não
posso sair prejudicada. Porque se eu sair prejudicada, eu vou à delegacia”.
“Eu não levei à delegacia ainda porque eu sou cristã, eu amo
a minha igreja! (…) Eu não fui para a delegacia porque eu sei que isso vai
prejudicar não só a igreja, não é só o ministério do Feliciano, mas todo o Evangelho.
Eu amo a igreja”.
Em meio a tantas afirmações, Patrícia admite que Feliciano
não a ofereceu “nada”, e Bauer sugere a Patrícia que ponha panos quentes na
história: “Você está fazendo um bem, de você perdoar, e posso pedir para você
por uma pedra em cima? O partido vai continuar tudo igual para você”, diz o
chefe de gabinete do deputado. Ouça a longa conversa entre Patrícia Lélis e
Bauer:
Orações
Talma Bauer atendeu à reportagem
do jornal Estado de Minas e, destacando os desmentidos gravados pela jovem,
afirmou que Patrícia Lélis é como uma “filha”, que teria sido manipulada “por
alguém” para prejudicar Feliciano.
“Mas graças a Deus ela acordou”,
disse, afirmando que Feliciano estava “ajoelhado em orações pedindo a Deus para
expor a verdade”.
Por fim, através de nota, o
pastor Feliciano disse que zela por sua “honra ilibada” e que tais acusações
são “descabidas”: “Não quero acreditar que seja mais uma tentativa da imprensa
de me expor negativamente, por algo que não fiz e não sou”.