A cena de sexo gay transmitida pela TV Globo na novela
Liberdade, Liberdade gerou uma reação por parte da ala conservadora da
sociedade, que protestou em repúdio à iniciativa.
O pastor e deputado federal Victório Galli (PSC-MT) usou a
tribuna da Câmara para chamar a atenção para o fato de que a emissora infringiu
o artigo 221, inciso 4º da Constituição Federal, que aponta parâmetros para a
produção televisa no país, entre eles o respeito aos valores éticos e da
família.
Agora, Galli está preparando um esboço de projeto de lei para
regulamentar as cenas de sexo na teledramaturgia da TV aberta, que é concessão
do Estado, e contará com a contribuição de representantes da sociedade na
elaboração do texto.
“No dia 12 de julho, em capítulo que a direção da novela,
tomada pela ideologia gayzista, apresentou em canal aberto cena de sexo entre
dois homens. Uma verdadeira ‘aberração’! Fizeram para chocar, completando o
ciclo de gayzismo que já vem sendo implantado pela Globo desde a década de
1960”, disparou o deputado.
“Recebi inúmeros contatos de todo o Brasil e acompanhei a
repercussão pelas mídias sociais. E eu não poderia me furtar em comentar a
engenharia marxistas aplicada no Brasil. Culturalmente, a Globo sempre militou
em favor da esquerda, nas causas ditas progressistas”, afirmou.
Segundo ele, é hora de alterar a legislação para que seja
interrompido o ciclo de incentivo à militância homossexual desempenhado pela
emissora da família Marinho: “A Rede Globo, para efeito cronológico, iniciou
suas ações ideológicas com abraços gays. Depois, beijos no rosto, selinhos
entre pessoas do mesmo sexo, beijo caloroso entre duas idosas gays, até chegar
ao sexo explícito entre dois homens”, reclamou o deputado, que é integrante da
bancada evangélica.
Políticos e militantes de esquerda, segundo Galli, mentem
sobre a “não influência da TV” na sociedade, e para reforçar seu argumento,
citou estudo realizado no final da década de 2000, pelo economista Alberto
Chong, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Em 2009, Chong concedeu uma entrevista à revista Época em
uma matéria intitulada “As telenovelas moldaram o Brasil”, explicando suas
constatações com o estudo. Segundo o economista, a novela vem sendo usada como
ferramenta da militância esquerdista para moldar a cultura nacional, de forma a
subverter os valores de origem judaico-cristã.
“O problema é que essas mudanças arbitrárias estão fazendo
um mal irreparável ao nosso amado Brasil. É só olharmos os altos índices de
violência. Mark Regenerus, da Universidade do Texas, por exemplo, revela em seu
estudo a relação entre a instabilidade emocional com a desestruturação
familiar. Seres humanos instáveis têm muito mais dificuldade em se colocarem no
mercado de trabalho. Dificilmente terão a carreira bem-sucedida”, pontuou o
parlamentar.
“Com tantos problemas em nossa Nação, as novelas deveriam
buscar resgatar valores, de modo que o país se desenvolvesse a partir dos
ideais elevados. Não precisamos de ‘autores iluminados’ nos dizendo como
devemos viver. A realidade nos fornece os elementos para que possamos escolher
o que é bom ou ruim, para nós e para as pessoas que amamos”, concluiu Galli.