"Não vou fazer isso para sempre, daqui mais uns três anos penduro meu mic", disse o rapper
O rapper
Pregador Luo está divulgando o seu disco mais recente, o projeto de remixes RetransMISSÃO e, no último mês, esteve em
trabalho ao fazer uma gravação ao vivo. No entanto, ao falar sobre as
participações e parcerias existentes em seu trabalho, o músico admite que seus
tempos nos palcos podem estar contados.
“Incluir esses
manos e mais alguns outros em meus próximos dois ou três trabalhos já é uma
forma de ir se despedindo do rap e aproveitando para estar mais uma vez junto
com pessoas que me ajudaram a ser quem sou e a criar um movimento novo. Não vou
fazer isso para sempre, daqui mais uns três anos penduro meu mic”, afirmou, em
entrevista cedida à MTV.
Luo ainda falou
acerca do conceito em torno do título do álbum. “Chegam pais de família
nos meus shows na faixa dos 40, 45 anos que se formaram homens curtindo meu som
e colocaram seus filhos para escutar desde bebês. Esses garotos chegam nos
shows com filhos de 5 anos, ou mais, no colo e essas crianças também já cantam
e gostam do meu som. Mais do que um legado, isso é uma Missão, por isso
RetransMISSÃO”.
O rapper ainda
comentou o processo político vivido pelo Brasil e não acredita em dias melhores
para a população. “Tem uma força oculta que age através da política que
transforma homens em putas. Gente que vende seu povo como gado, que estoura com
a saúde física e mental da nossa gente. Como ser otimista no futuro do mundo
com Trump, Dilma, Lula, Temer no poder e outros boçais da mesma estirpe
dominando o mundo?”, questionou.
“Não tenho mais
confiança nenhuma nessa zorra. Eu tô literalmente falando do Céu, bom lugar que
Sabotage também cantava. Enquanto tô aqui faço minha parte, mas quero sair
dessa dimensão quanto antes e ir para aquela que Jesus me prometeu”,
acrescentou o músico.
Questionado
acerca do que lhe chama a atenção no rap atualmente, Pregador Luo foi
categórico. “Quase morri no início dos anos 2000 por dar opinião, tentaram me
matar por eu dar uma ideia saudável, acredita nisso cara? O rap aqui é pequeno,
podia ser muito maior. Mas querem pagar de cão e ser coadjuvantes. Vou meter a
Glória Pires nessa, não me sinto capaz nem com vontade de opinar”.