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Soraya Moraes / Reprodução Instagram. |
O aniversário de
500 anos da Reforma Protestante foi comemorado em sessão solene na Câmara dos
Deputados, nesta terça-feira (31). Requerida pelo deputado pastor Takayama
(PSC/PR), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, a cerimônia homenageou
também o Dia Nacional da Proclamação do Evangelho, celebrado nessa data.
Além de Takayama,
fizeram uso da palavra Onyx Lorenzoni (DEM/RS), Jefferson Campos (PSD/SP),
Geovania de Sá (PSDB/SC), Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) e Pastor Eurico
(PHS/PE), entre outros.
As apresentações
musicais ficaram a cargo de Lilian Duarte e Soraya Moraes. Dois pastores também
puderam se pronunciar: Egon Kopereck, presidente da Igreja Luterana do Brasil e
o César Augusto, apóstolo da Igreja Fonte de Vida.
Os discursos
aliaram análises sobre a importância da Reforma com questões atuais que afligem
o Brasil.
“Está na hora de
questionarmos os últimos acontecimentos. Assim como Martinho Lutero, precisamos
resistir. Não podemos ignorar ou aceitar as ideias deturpadas de liberdade que
muitos vêm pregando por aí… Não aceitamos ditadura de maioria, muito menos de
uma minoria que agride a palavra de Deus”, enfatizou Takayama durante sua fala.
Pastor Eurico,
deputado ligado à Assembleia de Deus de Pernambuco, enfatizou que “se hoje
Lutero estivesse vivo, com certeza iria tentar uma Reforma na Igreja
Protestante… no Brasil. Muitas denominações usam o nome de Deus, mas suas
práticas são semelhantes a da Igreja dominante na época”.
O deputado
Sóstenes, pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, enfatizou que a ideia
de direitos humanos, reforma agrária e escolas públicas não pertence aos
comunistas, mas já eram defendidas durante a Reforma.
Já Geovânia de Sá
destacou que o evangelho é “a maior esperança de salvação e transformação na
vida do homem” e que é necessário aplicar “as lições de Cristo no
relacionamento com a família, amigos nação e Igreja… Feliz é a nação cujo Deus
é o Senhor”.
O pastor luterano
Egon Kopereck aproveitou a oportunidade para mandar um recado aos políticos
brasileiros: “Somos muito agradecidos pela homenagem, mas gostaríamos mesmo que
os objetivos, as lutas, os ideais fossem praticados em nosso dia a dia, assim,
quem sabe aquele lema tão bonito da nossa bandeira nacional – Ordem e Progresso
– possa ser alcançado”.
O evento teve ainda
um surpreendente pronunciamento do deputado Chico Alencar (PSOL/RJ), partido
que mais ataca no Congresso a fé cristã. Ele afirmou ser cristão,
mas defendeu que a fé “implica em dúvidas e questionamentos”. Assegurou que
“Deus não pode ser aprisionado por nenhuma instituição”, para em seguida pedir
respeito a todas as religiões. Usando a retórica marxista, pediu “tolerância”,
enfatizando que Cristo pregou “igualdade e liberdade”.